O Caminheiro (2003)

Tu não és uma palavra vã
Tu és a minha Luz na manhã
Sempre desejei ancorar no teu porto
Mesmo que para isso, chegasse morto

Tal era o meu frémito de ansiedade
Num sonho de ventura, calamidade
Maravilhosa ideia esta de renascer
E,no teu colo mil vezes viver

(Porque eu já fui, um Caminheiro
corri o mundo inteiro
mas estavas em primeiro
no meu Roteiro)
Sinto o Mar, baloiçar-me, agitar-me
O vento qual chicote,açoitar-me
Olho o teu corpo de relance ao espelho
Penso em ti,e ao passado me aconselho

Eu sigo o cheiro do teu perfume.
Como Assustado-Coelho fujo do ciúme
Para que de repente não viva como um Louco
Que,de tanto gritar,se deu como rouco

Eu nunca tive Consciência-Concorrente
Sempre naveguei (Hum), contra a corrente
Nós sempre exaltámos o nosso dia-a-dia
Mas foi por isso que vivemos em harmonia

Nós não partilhámos nunca as mesmas “gentes”
Também nunca nos demos, por descontentes
Sempre discordámos em questões de Imagem
Sabia o que me esperava, no fim da Viagem

Não estou a pensar em nenhum “Factor-Divino”
Mas sempre pensei em ti como “Dádiva-do-Destino”
Por isso posso pensar, como uma cousa natural
Assumir um "Peito-Inchado", com "Abóboda-Triunfal!”

Mário Mata

Comentários

  1. os teus poemas são o que restaram de ti em mim...a onda que te levou e não te devolveu criou em mim o abismo em que vivo agora....

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