Fora D'Horas (Agosto 2006)

Fora d’horas dei comigo, a caminhar
ForA d’horas dei comigo, a pensar
Não tenho amigos com quem falar
E sinto-me triste, mortalmente triste

Fumo , sonho, encostado na poltrona
Sinto-me desfocado, fora de zona
Penso em ti, amante, cumplice, dona
Então sou feliz, e sinto que o meu amor existe

Fora d’horas, as minhas mãos não defendem nada
Fora d’horas, as palavras são uma espada

Às vezes perco o Norte, perco-me todo
Perco a paciência, o limite do jogo
E dou comigo sózinho afundando-me no lodo
Não és a razão de eu viver, já és a minha vida

Noites de insónia, na rua como um louco
E afinal eu que nem me contento com pouco
Calado num sotão, clamo por ti tão rouco
Saudosas lágrimas velam uma história já lida

( )
Amo-te tanto que, ao ter-te mais ainda
Te amo.Encanto este que não finda
És benvinda amor ao meu castelo, benvinda
E escuta a canção que ninguém mais ouve senão tu

Os versos que te dou só nos teus olhos existem
Até os abismos das coisas que em nós persistem
Todos ao redor estupefactos assistem
Como eu adoro o teu péssimo hábito de me deixares nú

Mario Mata

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