HÁ DIAS ASSIM (2000)

Anda miúda vem cantar, Lamirés de esquina
Em tarde de “Dia-Santo” com que embalamos
Seja o que for,com a ternura que nos domina
O sentimento de Vinho-Tinto-com que cantamos

“Porque há dias assim
Em que fico insensível
E digo para mim:
“Sê realista!E exijo o impossivel!”

Anda, vamos jantar juntos para celebrarmos
Uma existência bordada de “Formato Comercial”
E com os nossos sorrisos cravados no queixo,que aterramos
Em Declarações de Amor. (calculadamente casual)



Estampados por toda a parte,levamos uns emblemas
Umas sardinhas, e uns Discursos no bolso-de-trás das calças
Dentro das Meias,ideologias,equações e problemas
Juntávamos “Promessas de Amor Eterno”. (sem juras falsas)



Eu exijo, tu exijes, todos exijimos o Impossível
Queremos tudo, à medida do peso dos nossos desejos
Pequenos deleites de Fim-de-Tarde,uma Orgia imergível
Sábiamente aproveitada,embebida em Água-de-Colónia dos nossos beijos

Mario Mata (PUBLISHING CAPARCA)

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