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Hoje, apeteceu-me chafurdar no Apocalipse!
Eu não quero ter uma consciência precária.
Até Cristo, um dia disse: "Ok, eu bebo o teu Cálice,
e vou açoitar-me na Alcofa da Mágoa Alheia e Primária!".

Tudo o que avaliamos tem apocalíptica aparência,
para nos despirmos da condição de "orangotangos engravatados",
e ter pelo menos um suposto princípio de consciência,
e um primeiro passo seguro do "complexo dos embaraçados".

Eu sou um ser louco, mais ou menos adaptado
a um mundo louco, a que chamam normalidade.
Esta é a imagem das muitas faces de um "deus castrado"
pelas muitas máscaras que preferimos vê-lo na realidade.

Eu não quero pertencer à "Fauna Bovina da Contestação",
mais conhecida pelo nome de "adulto integrado-apodrecido".
Nunca fui uma criança regrada de imbecibilidade,
com dignidade e virtude, do caminho sinuoso do desconhecido!

Ah... mas a consciência é hesitante; e isso é uma conquista,
porque antes não existia como justificação do optimismo.
Consegui-o comprando a necessária ductibilidade do indivíduo surrealista.
Deixei de ser o estúpido pedinte agradecido da "Sopa Social do Colectivismo!"

O amor é o caminho que através da permissividade
nos leva à disciplina e à frequente violação do "eu".
É preciso amar as fantasias inatas para, sem agressividade,
desistir da imaginação, da curiosidade, do breu.

A contestação revela o peso esmagador da dependência
da sociedade que bufa as savanas artificiais onde vivemos,
onde a válvula de segurança é a obediência
e o artificialismo civilizado das instituições onde morremos.

Por isso temos a "birra adulta" como compreensão,
do lamento gritado-ranhoso do lacrimejo erudito.
E assim catamos piolhos do parceiro, como ilusão,
no envolvimento das nossas mágoas privadas.Tenho dito!



MÁRIO MATA

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